[vc_row][vc_column][vc_column_text]A esclerose múltipla é uma doença autoimune inflamatória que afeta o sistema nervoso, causando um desgaste neurológico a cada surto, sendo os sintomas amplos e variados, que para além da fadiga excessiva podem incluir fraqueza muscular, alterações sensoriais, da coordenação, visão, função da bexiga e espasticidade. A sua evolução varia entre indivíduos e ao longo do tempo. Para o controlo da doença, é preponderante a intervenção farmacológica, esta que visa reduzir os efeitos das recaídas em combinação com a intervenção de fisioterapia, que pretende melhorar a postura através das diferentes abordagens terapêuticas específicas que permitam manter o comprimento do músculo, melhorar o movimento das articulações e a função muscular para minimizar a instabilidade postural, o défice de marcha, as quedas e a dor.
Durante muitos anos pensou-se que o exercício poderia prejudicar a pessoa com diagnóstico de esclerose múltipla, talvez pelo efeito induzido do mesmo, a fadiga. Este que é o sintoma mais frequente desta população, sendo que o mesmo poderia agravar a condição. Contudo, atualmente sabe-se que, o exercício é seguro e por isso as pessoas com esta condição são encorajadas a manter-se ativas, considerando que o exercício melhora os principais sinais patológicos da doença e pode induzir alterações fisiológicas e psicológicas benéficas como a melhor tolerância à fadiga e aumento do bem-estar e da saúde mental. Contudo, ele tem de ser orientado e ajustado às características individuais de cada pessoa.
Autora: Dra. Rita Martins, Fisioterapeuta da área da Neurologia
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